Uma loucura no acostamento (+18)
- ECF
- 13 de ago. de 2017
- 2 min de leitura
Lá estava todo concentrado na estrada, o olhar fixo, semblante serio. Ele estava me provocando direta e indiretamente, mas talvez ele ainda nem soubesse... Eu tentei olhar para a estrada e ver apenas o que ele estava vendo, mas era impossível! Eu via as mãos dele no volante e aquelas veias saltando das mãos e percorrendo o braço, eu via o músculo do braço dele saltar quando ele fazia a curva e aquela barba... rapaz, como aquela barba me chamava atenção! Ela me chamava! Aquela barba queria roçar minha nuca, queria acariciar meu corpo e me fazer arrepiar, e aquela covinha tímida, cismava em aparecer quando ele cantarolava seja lá o que estivesse passando na rádio naquele momento. Eu sabia que tudo aquilo queria se conectar comigo, eu sabia que seria só questão de tempo para eu perder o controle... E então eu perdi, perdi não! Eu me rendi aos pedidos insistentes daquele homem que mal olhou para mim e nada disse, e foi inevitável tocá-lo, descer minha mão sobre suas pernas e acariciar o ponto que discretamente me chamava. Foi ali, na estrada mesmo, que abri a bermuda dele, sem me importar com os vidros transparentes daquele carro, sem me importar com a estrada esburacada, ou com a luz do dia, sem me importar se seriamos flagrados ou se a multa seria cara. Eu o queria, e mais caro que a multa seria compensar meu desejo, então cedi, e o surpreendi, eu o assustei e me saciei.
Parar naquele acostamento e ligar o pisca alerta foram só detalhes que mal vi acontecer, eu sentava como se estivesse no sofá de casa e o beijava como se estivesse num quarto sombrio sem uma fresta de luz entrando. Não sei quanto tempo durou, não sei se alguém viu, tudo o que sei é que nunca me esqueci.
(P.s. Não tentem fazer isso. Risco de multa ou acidentes de trânsito!).
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