Não é depressão, é esgotamento...
- Elai
- 20 de set. de 2019
- 3 min de leitura

Muita gente confunde o estresse do dia a dia com a depressão, e por mais que indiretamente esses dois males caminhem lado a lado brincando com a nossa sanidade, são coisas diferentes. Resolvi compartilhar esse tema, pois não é apenas um tema a ser conversado, mas um desabafo, algo que vivo há algum tempo e por mais que eu ouça que é ingratidão ou frescura, eu sei que não é, pois eu sou grata a tudo que tenho e tudo que conquistei até hoje. Tenho orgulho das experiências que adquiri e de cada trilha que caminhei, de cada coisa que me fez ser a mulher que eu sou hoje. Mas, sentir-se orgulhosa de si mesma, ser grata a Deus por tudo o que tem, não faz de mim uma pessoa realizada e feliz, pois exatamente nesse momento que escrevo, sei que deixei um pouco de mim de lado no dia de hoje. Eu estou cansada da minha rotina, porquê ela exige de mim paciência que as vezes eu não tenho e frieza para lidar com determinadas situações que eu nem sempre estou preparada. Quando eu era mais nova me deram as boas vindas no mercado securitário, dizendo que quem entra nele nunca mais sai, que é uma profissão para a vida toda, mas honestamente, sempre deixei essa ideia longe da minha mente, afinal esse não era meu sonho ou minha meta.
Sempre gostei de me sentir útil, de ser a profissional reconhecida que me tornei com o passar dos anos. Aquela que a cada vez que ficava "livre" para o mercado, recebia propostas que simplesmente apareciam antes mesmo de procurar. E isso era lindo!
Mas, a verdade por trás desse lindo conto é que é estressante "cuidar dos bens do outro", é horrível pegar o telefone sorrindo e animada e dizer "Olá, sr. Fulano! Tudo bem? Aqui é a Elaize da Corretora de Seguros... estou entrando em contato para falar da renovação..." E mesmo antes de você concluir, ouvir um "Não vou renovar, você está me roubando! Está muito caro!" O pior é que esse Sr. Fulano é constante, é no plural e geralmente ele nem espera eu passar os valores para poder me atacar... Ele não me deixa apresentar os descontos ou falar dos benefícios, ele não entende que estou oferecendo uma opção de segurança para ele, para quando algo pegar ele de surpresa, ele estar protegido. (Sim, com ênfase em cada "ele" desse parágrafo). Lidar com bens materiais e dinheiro dos outros é quase um suicídio!
Ou você tem perfil e ama fazer isso, ou você faz isso e vai se matando aos poucos.
Cheguei num momento da minha vida que percebi que não quero mais fazer o que a maré me levou a fazer, quero mais que isso, quero ajudar as pessoas emocionalmente não materialmente, quero ajudar alguém que está em situações que eu estive, ajudar a sair dessas situações de cabeça erguida. Quero entrar na moda dessas influencers e ser alguém que estende a mão e abraça quem precisa ser abraçada, quero ajudar vocês a olharem no espelho e enxergarem a beleza que reflete nele, quero deitar no travesseiro e pensar "Puxa, eu ajudei alguém!"
Quero mostrar que você não está sozinha e que juntas seremos mais fortes!
E não é porquê eu cheguei a essa conclusão e publiquei esse desabafo que vou desistir de tudo e começar do zero. Quero me reconstruir ao poucos. O esgotamento é o ápice dos nossos problemas diários e o momento em que nos reencontramos com nós mesmas para restabelecer nossos desejos e necessidades, então se você está vivendo um momento parecido, se também está cansada do seu trabalho, da sua casa, da sua rotina ou seja lá o que te mate aos poucos... comece a rever suas necessidades e tome VOCÊ a direção da sua vida, pare de deixar a maré levar, afinal nem sempre ela sabe o que é melhor para a gente. E se precisar de uma amiga, terei o prazer de estar aqui. Xêru!
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